domingo, 14 de março de 2010

Sugerir para Leitura.


Uma divertida maneira de se transmitir o conhecimento filosófico. O livro é voltado tanto para docentes de Filosofia quanto para o público não-filósofo – mas amantes do conhecimento ou dos Simpsons.

Antes de entrarmos no modo como o livro se escreve, cabe lembrar que o autor do desenho animado, Matt Groenning, também é filósofo e buscou, para montar os roteiros de Os Simpsons, apenas nerds e pessoas com um vastíssimo universo cultural e erudito, donde talvez se explique o enorme sucesso da série mesmo entre acadêmicos e a mantenha, já há quinze anos, no horário nobre das televisões de diversos países do mundo.

Os autores aproveitam os arquétipos dos personagens do desenho animado mais famoso da atualidade para transmitir um pouco das idéias de grandes filósofos, como Aristóteles e Kant, de uma forma que torna a leitura muito mais aprazível e interessante

Apenas para dar uma idéia do que os aguarda, logo de início temos um estudo das virtudes aristotélicas utilizando-se como pano de fundo o jeito Homer de ser; em seguida vemos Lisa Simpson representada como a antítese da cultura norte-americana. Sobre o Bart... bem, nada mais óbvio, o relacionaram a Nietszche.

Talvez não seja o livro mais recomendado para se adotado como livro didático, talvez não seja um livro de cabeceira para acadêmicos da área, mas com certeza é um excelente livro de apoio às aulas e um excelente primeiro contato para o grande público com a Filosofia.

A DOUTRINA PODE SER LIDA EM DOIS SENTIDOS


A doutrina do eterno retorno pode ser lida em dois sentidos fundamentais, segundo uma dimensão antropológica – moral e uma dimensão cosmológica – ontológica. Vista do lado antropológico – moral, assiste-se ao jogo da vontade humana, que ao acolher o eterno retorno se torna capaz de afirmar a realidade tal como é, afirmando-se a si mesma. Será no fundo, a fase do leão, que detém a vontade de transmutar todos os valores, superando o homem e dando lugar ao super-homem.

Do lado cosmológico – ontológico, está em jogo à constituição do ser e do tempo – ou do tempo de ser - que permita o sim absoluto à realidade e não apenas a vontade do sim, ou mesmo o sim da vontade, o que seria demasiado humano. Esta dimensão seria representada pela metáfora da criança, que aceita o jogo do ser, inocentemente, no seu devir eterno sem nada querer, já que o querer se identifica com o que é. Próprias do homem criador, que assume o eterno retorno; e uma necessidade determinista, marcada pelo constante regresso do mesmo. Na Gaia Ciência diz Nietzsche que esta vida, tal como a vivemos atualmente, teremos de vivê-la inúmeras vezes mais, nela nada haverá de novo.

A sabedoria acerca do mistério do tempo é dada a Zaratustra apenas no momento em que este é capaz de compreender o eterno retorno como modo diferente de dizer e afirmar o caráter seletivo do ser; no momento da sua convalescença, que lhe permite compreender que o eterno-retorno, não é um ciclo fechado e nada tem a ver com a predominarão do mesmo.

A realidade seletiva do eterno retorno apresenta-se numa dupla dimensão: como lei constitutiva da autonomia da vontade, que se quer ver livre da moral - tudo aquilo que se quer deve ser querido de maneira a que esse mesmo querer se queira também o seu eterno retorno -. Ao considerar-se a seletividade, pressupõe-se que retorna apenas, o que puder ser afirmado; tudo aquilo que é negativo, tudo o que deve ser negado, é expulso pelo movimento do eterno retorno. Este movimento de características centrifugadoras, expele para fora de si, tudo o que não interessa.

O problema da moral em Nietzsche é o problema da verdade, ou seja, a conformidade da nossa avaliação com a vontade de poder, que é a própria essência da vida e, por isso, constitui a razão última de todos os valores. Nietzsche considera que não há outros valores senão os que a vida estabelece o que já de si é sempre uma manifestação da vontade de poder. No pensamento tradicional, o ser e o devir opõem-se, mas Nietzsche nega a existência de um cosmos feito de realidades espirituais e eternas, considera que não há “ser” para além do espaço e do tempo; o existente é o mundo da experiência sensível, que se mostra no horizonte próprio do espaço e do tempo. Este mundo é único, real e vivo e não conhece nada de constante e imóvel ou fundamental, que tem como princípio organizador a vontade de poder que é movimento, tempo e devir.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Mulheres no sex shop


Já que é a semana da mulher é muito oportuno refleti sobre esse assunto, ao ver esse vídeo chamou muito atenção com a mudança de valores. Quero que vocês aproveitem o Maximo desta obra.

Antropóloga Maria Filomena Gregori fala sobre a sexualidade na era pós-feminista e discute sobre o mercado erótico, antes considerado como mais uma forma de submissão das mulheres aos homens e que atualmente vem transformando a mulher em protagonista de seu erotismo, criando novas formas de relações entre as pessoas. já que é a semana da mulher é muito oportuno refleti sobre esse assunto, ao ver esse vídeo chamou muito atenção.

Veja o vídeo no Link abaixo

http://www.cpflcultura.com.br/site/2009/05/14/integra-mulheres-no-sex-shop-maria-filomena-gregori-sociologa/


Data: 07/02/2010
Horário: 23:00
Palestrante: Maria Filomena Gregori
Local: Array